quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

TEATRO DE PAPEL

Um recurso interessante e provocativo a criação
Bete Godoy
Histórico:


Em 1996 a Profª. Zaza Carneiro de Moura, do Centro Português de Filosofia para Crianças, apresentou uma experiência por ela desenvolvida em Portugal com os “Teatros de Papel”, como um recurso auxiliar no trabalho com o Programa de Filosofia para Crianças, e que, pode ser utilizado também em outras áreas da educação escolar e até nas famílias como forma de lazer cultural.

No Brasil inicialmente foi utilizado nas aulas de filosofia para crianças para a contação das novelas filosóficas. Hoje professores e crianças criam, constroem seus cenários e histórias para as mais diversas finalidades, mas em especial é que vivenciam aprendizagens importantes no desenvolvimento da sensibilidade, da estética e da linguagem.

Segundo suas informações, o “Teatro de Papel” tem sua origem no costume de pessoas ( nos séculos XVIII e XIX, ou talvez até antes) de construírem pequenas casas ou edifícios teatrais de papelão e/ou madeira assemelhadas às casas de teatro da época e com as quais reproduziam, a seu modo, os espetáculos em voga. Eram reproduzidos os cenários, os personagens e os textos. Cenários e personagens eram feitos em papel. Os personagens eram reproduzidos em figuras de papel mais consistente presas a uma haste comprida que era manejada por alguma pessoa provocando-lhe algum movimento e que acompanhava, tal manejo, com a recitação do texto da peça que estava sendo apresentada.

As pessoas construíam seus próprios teatros de papel, construíam ou “recriavam” os cenários, os personagens e os textos e as próprias pessoas degustavam, novamente, na sua “re- criação”, as peças teatrais já vistas antes, na sua “re-apresentação”.
Importante notar aqui que a prática dos “Teatros de Papel” implicava “re-criação”, “re-construção”, “criação”, “inventividade”, “atividade”, “participação” que se dá fundamentalmente na participação - na interação de todos com todos.

Quanta riqueza de criação, de re-criação, de imaginação, de exercícios de tomada de decisões, de interações, de julgamentos individuais e coletivos, de raciocínios práticos, de comunicação e de expressão. ( Marcos Antonio Lorieri- Prof. Dr em Filosofia da UNINOVE-SP).

A seguir uma história da literatura infantil apresentada para crianças de 4 e 5 anos da EMEI Prof Rumi Oikawa.


A PRINCESA E O SAPO


A expectativa das crianças
O teatro na educação infantil deve ser entendido como uma experiencia completamente integrada às outras experiências vividas pelas crianças: a leitura de histórias, a brincadeira, a expressão plástica, a música e o movimento.
Momento da apresentação
Desde cedo, as crianças podem refletir sobre o que é específico desta arte: o espaço cênico, a presença de personagens, a dramaturgia, bem como sobre o cenário, o figurino, objetos de cena , elementos que compõem a linguagem teatral.
As crianças pequenas interessam-se muito por histórias lidas, contadas ou dramatizadas pelo professor, nas quais ele se utiliza dos recursos expressivos da voz ( entonações) e expressão corporal.

Observando o cenário
Apresentar-se para uma platéia é uma experiência muito importante para as crianças. Porém, não é a única que deve ser possibilitada a elas pelo professor. Afinal, a experiência teatral somente se completa na relação entre palco e pláteia. Dessa forma reverzar-se entre "ser ator" e "ser pláteia" é igualmente importante.
Conhecendo o cenário de perto.
Conversando sobre a história.
Planejando uma apresentação feita por eles.
A aprendizagem do fazer teatral, além de passar pelo aperfeiçoamento do brincar de faz-de-conta, também se benificia da maior experiência das crianças em usufruir da contação de histórias no cotidiano das escolas.
A partir dos 4 anos torna-se possível para o grupo construir , com a ajuda do professor, os primeiros roteiros para encenação de histórias conhecidas, situações improvizadas, ou criações coletivas.
COMO CONSTRUIR A ESTRUTURA DO TEATRO DE PAPEL?


Materiais necessários
caixa de papelão
cola
tesoura
papéis coloridos
estilhete
Instruções para a construção:
Observe a foto nº 5 do artigo
Utilize uma caixa de papelão de aproximadamente 50 cm de largura. Retire com a ajuda de um estilhete as duas laterais e a frente da caixa deixando em cada uma margem de aproximadamente 5 cm.
Atenção! Retire com a ajuda de um estilhete o "teto" da caixa deixando uma margem de 5 cm somente nas laterais. Nelas ( nas lateriais) serão penduradas as varas com o cenário.
Separe e guarde as sobras de papelão para fazer as varas que serão colocadas os personagens e o cenário.
Encape a caixa com papéis coloridos reforçando a estrutura para que fique bem firme.
Corte tiras de papelão na largura de 2cm de largura e um pouco maior que o comprimento da caixa que servirá para pedurar com a ajuda de fita adesiva o cenário.
Corte tiras na largura de 2cm e faça uma suporte para que os pesonagens possam ficar em pé. O comprimento da vara também é maior que o comprimento lateral da caixa para que possa transitar dentro do cenário.

Notas:
Atividade apresentada: Professora Angela Maria Rodrigues
Foto ( nº 6) das várias estruturas de teatro de papel: Alunos da Professora Patricia Helena Rocha do curso de Pedagogia da Faculdades Integradas Paulista.
Bibliografia de apoio:Orientações Curriculares. Expectativas de Aprendizagens e Orientações Didáticas. Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.

4 comentários:

Unknown disse...

nossa adorei....
quanta criatividade, assim podemos fazer teatro todos os dias..PARABENS..CIRLEI

Lucia disse...

Parabéns! A matéria está muito caprichada e o trabalho com o teatro de papel revela que todas as possibilidades da linguagem teatral podem ser utilizadas a favor da educação da criança. Abraços! Lucia Lombardi

Débora Bicalho disse...

O Bom é que as crianças acaba se interressando mais sobre a história, e também aprendendo como fazer um cenário com papelão,usando assim sua criatividade.
Beijos e parabéns!


Débora Bicalho

Anônimo disse...

Muito boa a matéria do teatro de papel. Com pequenas hisórias dá para brincar com as crianças.

Maria Eugenia