domingo, 17 de maio de 2009

DA INTENÇÃO A AÇÃO: DOCUMENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Por Maria Cristina dos Santos
Plano de formação
JUSTIFICATIVA

O Centro de Educação Infantil Jardim Rodolfo era composto por um quadro de funcionários sem grandes rotatividades.
Durante os últimos três anos a unidade recebeu a capacitação direta do Instituto Avisa-lá ao avaliar esta formação podemos constatar saltos de qualidade significativa nas práticas pedagógicas desta instituição.
Com a evolução das pesquisas cientificas sobre o desenvolvimento infantil, as quais apontam a enorme importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e social dos seres humanos, a equipe educadora percebendo as demandas necessárias para um atendimento de qualidade, vem de forma sistemática buscando através da formação em serviço e continuada aprimorar nossos fazeres pedagógicos em uma perspectiva critico –reflexiva (Shown, Dewey, Alarção).
No ano de 2009 houve mudanças significativas no quadro docente, a unidade recebeu nove novos professores, sendo que apenas um tem experiência na educação de zero a três anos e na Secretária Municipal de Educação de São Paulo.
Ao analisar o quadro a partir destas mudanças da equipe docente, a releitura dos objetivos gerais do nosso Projeto Político Pedagógico e as avaliações institucionais dos últimos anos, elegemos a documentação pedagógica como foco desta formação por permear todos os campos de experiências propostos nas Orientações curriculares: Expectativas de aprendizagem e Orientações Didáticas.
E por acreditar na importância dos registros para a prática educativa como recurso de observação, análise e reflexão das nossas práticas.
Segundo Zabalza a documentação pedagógica seja ela: diário de observação, diário de intercorrência, agenda de comunicação com a família, fotos, filmagens entre outros, constituem recursos valiosos no processo de revisão e análise da própria prática profissional e como instrumento de pesquisa – ação.

OBJETIVOS:
  • Qualificar a prática a partir da reflexão sobre a documentação pedagógica;
  • Buscar uma maior coesão entre as intenções e as ações docentes;
  • Subsidiar a análise dos processos de aprendizagem;
  • Instrumentalizar no re - planejamento das ações educativas;
  • Perceber as possibilidades e potencialidades de cada criança;
  • Pensar e re-planejar suas ações, intervenções e novos focos de observação e registro, e;
  • Instrumentalizar os educadores no uso de novas tecnologias como recurso de observação, registro e reflexão.

    CONTEÚDOS:
  • Documentação: conceitos e tipos;
  • Características do instrumento de observação
  • Características registro reflexivo
  • Construção dos registros
    1. Linguagem escrita
    1.1 Textos descritivos (os detalhes);
    1.2 Textos narrativos (ligação entre tempos e acontecimentos)
    1.3 Teorização
    2. Linguagem visual e ou sonora
    2.1 Gravação de áudio
    2.2 Imagens (com e sem movimentos)
    3. Linguagem mista (articula imagens e textos)
    3.1 Vantagens e limites das linguagens utilizadas.
  • Utilização dos documentos pedagógicos como instrumento de ação e reflexão da prática pedagógica.

    ESTRATÉGIAS:
  • Análise de bons modelos;
  • Devolutiva de diário de observação;
  • Tematização de práticas

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretária de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil/Ministério da Educação e do Desporto. Secretária de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998. 3v.: Il
Volume 1: Introdução;
Volume 2: Formação Pessoal e social
Volume 3: Conhecimento de Mundo
São Paulo (SP), Secretária Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Tempos e Espaços para Infância e suas Linguagens nos CEIs e EMEIs da Cidade de São Paulo/ Secretária Municipal de Educação. – São Paulo: SME/DOT, 2006
São Paulo (SP), Secretária Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. São Paulo é uma escola - Manual de brincadeiras/ Secretária Municipal de Educação. – São Paulo: SME/DOT, 2006
São Paulo (SP), Secretária Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica.Orientações Curriculares: Expectativas de Aprendizagem e Orientações Didáticas/ Secretária Municipal de Educação. – São Paulo: SME/DOT, 2006
ZABALZA, Miguel A. Diários de aula: um instrumento de pesquisa e desenvolvimento profissional – Miguel A. Zabalza; trad. Ernani Rosa. – Porto Alegre: Artmed, 2004.
ZABALZA, Miguel A. Qualidade em Educação Infantil/ Miguel A. Zabalza; Tradução Beatriz Affonso Neves. – Porto Alegre: Artmes, 1998.
Artigos das revistas Avisa-lá , Nova Escola, Pátio e A Mente do Bebê.

4 comentários:

Ednéia disse...

Parabéns pelo Blog e pela iniciativa.
Também realizamos muitos projetos similares a alguns expostos aqui e evoluimos muito em registros, porém não temos ainda um espaço como esse para expor nosso trabalho.
Ednéia
CEI Penha

Para Além do Cuidar disse...

Olá Ednéia,
Conheço o CEI Penha e sei que vocês tem um trabalho de qualidade.
Fico a disposição de ensina-lás a montar um blog, com a anuência da Maria, sua diretora, que eu tenho um enorme respeito pela seriedade e trabalho.
Esta agendado para que todos os nossos professores conheçam o CEI Penha, tres já foram este ano.

Obrigado por acompanhar o blog.

beijos

Cris

Ednéia disse...

Olá Cris td bem?
Agradeço pelo interesse em nos ajudar,conversarei com a direção e com a CP,como estou volante posso fazer essa 'ponte' entre vc, montagem do blog e as professoras interessadas em postar o trabalho.
Bj

Para Além do Cuidar disse...

A Maria tem o telefone do CEI estou a inteira disposição.

Beijos

Cris