sábado, 16 de maio de 2009

Estratégias formativas - Espaços que educam

Este artigo encontra-se na revista Projeto Creche
Seção

Troca de saberes

Compartilhar experiências, dúvidas e ideias. Esse é o objetivo do diálogo entre duas educadoras pela internet, publicado aqui, em toda edição da sua Projetos Escolares - Creche * Nas páginas de revista, a troca de e-mails está em ordem inversa à apresentada na internet



São Paulo, 06 de fevereiro de 2009.

Bom dia Bete,

Tudo bem com você? E como vãos as novidades na sua escola?
Aqui na creche recebemos nove professores! O impacto foi grande na equipe. Temos agora um novo time e foi preciso iniciar o plano de formação.
Como estratégia, optei por focar nos registro para facilitar as intervenções com a turma que acabou de chegar.
Lembra daquela idéia de visitar a escola com um “olhar estrangeiro”?
Deparei-me com salas com pouco mobiliário, colchonetes empilhados e uma estética que não enriquece o repertório cultural das crianças.
Gostaria de ambientes mais acolhedores ao mesmo tempo desafiadores.










Beijos
Cris

São Paulo, 10 de fevereiro de 2009.
Oi Cris
Que bom falar com você!
Por aqui, nosso grupo também mudou e constatei que a questão dos espaços merece reflexão. Os professores já reconhecem a importância dos ambientes nas experiências de apredizagem.
Para em refinar o olhar de todos educadores e ir mais fundo, lancei algumas questões: “O que revelam os espaços da Escola de Educação Infantil, em especial na nossa unidade ?” ”É possível saber qual a concepção de educação de uma escola a partir da organização dos espaços?”.
Em grupos os professores passearam pela escola, registrassem nos ambientes o que chamavam deles e trocaram impressões.
Todos relataram ter notado significatias alterações na unidade, como a utilização das paredes da escola, hoje como base para a interação com diversos materiais e não apenas como painel decorativo ou para exposição dos trabalhos. Nossa sala de linguagens também foi citada como um espaço que extrapola o conceito de brinquedoteca (Achei ótimo!).








Devolvo a questão a você Cris. Como fazer para que o professor se coloque como sujeito do processo se veja como parte da construção desses espaços e possa intervir, como as crianças, nos ambientes da escola, em prol das aprendizagens? Compliquei? risos
Beijos
Bete

São Paulo, 16 de fevereiro de 2009.

Olá Bete,

Seu planejamento me inspirou a utilizar o registro fotográfico para incrementar as observações e foi ótimo! , o resultado foi muito próximo ao seu, um grupo trouxe algumas observações interessantes:
“ _ A minha sala ainda não tem a nossa cara (professora) e nem das crianças, até porque as aulas começaram agora.”
“_ Elegemos três espaços que acreditamos ensinar muito as crianças:

O primeiro foi este canto que organizamos com tapete, almofadas e colchonetes a sensação de ver está foto é de aconchego.”

O segundo espaços é o espelho, que é maravilhoso, pois a criança brinca com sua imagem (identidade)
O terceiro é o espaço do banheiro que é todo adaptado, propiciando a conquista da autonomia das crianças “.

Mas, assim como na sua escola, aqui na creche falta uma melhor compreensão sobre as possibilidades dos espaços no desenvolvimento da identidade pessoal, competências e saberes, de causar a sensação de segurança e confiança e proporcionar contato social e privacidade.
Na próxima etapa, selecionarei apenas as fotografias feitas das salas e vou apresentá-las com o texto: Educação Infantil: Espaços de Educação Infantil, pesquisa realizada pela Ângela Maria Scalabrin Coutinho, uma pesquisadora da universidade Federal de santa Catarina. A autora revela, por meio da analise de registros, a concepção de falas e organização de espaços, lançando as seguintes questões:


1. Existe no texto a preocupação em tomar as crianças como ponto de partida nas proposições dos espaços?

2. Durante o planejamento dos espaços é levado em consideração um ambiente que proporcione contatos constantes, criações e recriações, produções e reproduções, interações e momentos individuais?

Acho que uma boa referência teórica pode ajudar nesse processo.
Ah! Em tempo, muito obrigado pelo presente, amei o livro do Tonucci. Estou adorando trabalhar com suas charges.
Beijos
Cris
Bete Godoy
Coordenadora pedagógica da EMEI Rumi Oikawa
Maria Cristina dos Santos
Coordenadora pedagógica do CEI Jardim Rodolfo Pirani

Um comentário:

Anônimo disse...

Tudo Bem? interessante este espaço está bem estruturado.........bom trabalho :)
Gostei muito Continua assim !