quinta-feira, 26 de maio de 2011

Reunião de Pais e Mestre ou Encontro com os pais na creche

Relato de prática

 Denise Beraldo Valente
Professora de Educação Infantil
CEI Jardim Rodolfo Pirani


A Maioria dos pais já estava presente. Chamava atenção o fato de haver dois casais presentes, os pais do Gabriel e do Gustavo. Iniciei a reunião com o vídeo apresentado no blog, que mostra as fotos do acolhimento e de outras atividades desenvolvidas com nossas crianças.



Antes de iniciarmos o vídeo, fiz questão de ressaltarmos a importância do olhar sensível dos pais ao ver seu filho, principalmente das crianças em um aspecto mais amplo e geral, resultado de um trabalho coletivo que envolve um desejo constante de chegar ao melhor e mais positivo resultado.

Após a exibição do vídeo, retomei a conversa, agradecendo de maneira, sincera e amorosa o comparecimento dos pais, e, acima de tudo a parceria e vínculo afetivo que se estabelece no dia a dia. Ressaltei o quão importante é esta parceria uma vez que isso se reflete visivelmente no comportamento e desenvolvimento da criança e da turma como um todo.

Desde o início, fiz questão que fosse claro que as idéias expostas por mim, na verdade era a idéia do conjunto que procuramos tornar harmonioso mostrando que aquilo tudo era a transmissão do trabalho em conjunto de um grupo: professoras Claudia, Shirley e Valéria. E também de outros profissionais envolvidos no processo de crescimento, assim como a coordenadora pedagógica, que tem um valor e uma parceria significativa sempre compartilhando seus saberes de forma atuante em nossas atividades pedagógicas e rotinas diárias.

Os pais estavam atentos então discorri assuntos como: A importância da comunicação por meio da agenda e a mordida, que ainda faz parte do cotidiano embora em número bem reduzido.

Expliquei sobre o Trabalho do Auto Cuidado realizado no CEI. Detalhando a necessidade da continuidade do trabalho em casa. Dando ênfase principalmente à escovação de dentes o lavar as mãos.

Durante este período da reunião alguns pais quiseram compartilhar experiências:

A mãe do Samuel relatou que:

Antes de almoçar, ou fazer qualquer outra refeição ele diz: “Lavar a Mão”. Confirmei dizendo que no CEI ele faz o mesmo pedido, antes mesmo que as professoras salientem essa necessidade.

Algumas mães falaram animadas do domínio que as crianças já tem com a necesserie e com a escova de dente. Aproveitei o ensejo para falar dos prejuízos do mau uso da pasta de dente exclusivamente nesta faixa etária, pois enquanto a criança não aprende fazer o bochecho e jogar a pasta fora  ao engolir a mesma pode desenvolver uma doença chamada fluorose que são as manchas brancas nos dentes, assim a criança não deve fazer uso em casa e nem a mesma ser enviada para o CEI.

Fiz menção mais detalhada da importância da "necesserie", conversei com as mães e responsáveis mostrando que devem mandar os pertences das crianças todos os dias, limpos e organizados. Esclarecendo que todo o trabalho de autonimia que desenvolvemos, absolutamente necessário para o aprendizado depende do fato que as crianças manipulem seus objetos, explorem, conheçam, reconheçam, e então se apropriem e façam o uso correto de cada um deles.

Fazendo uso desse momento tão importante fiz um entrelaçamento pedagógico envolvendo o cuidar e o educar, mostrando necessidade de colocar o nome nos pertences e esclareci que a bagunça das bolsas deve-se ao fato de que eles a manuseiam e que a troca de pertences faz parte desse momento de aprendizagem e pedi aos pais que compreendam quando algo for faltando na bolsa e nos comunique e que se for algo que não pertença a criança seja devolvido no dia seguinte. Fui enfática ao afirmar que é desta forma que as crianças vão aprender a reconher o que é seu, e então poder cuidar, afirmando ainda que o nosso trabalho é de ensinar a criança, e não de fazer por ela e como parte dessa identidade ressaltei a necessidade dos pertences serem todos identificados com o nome da criança.

Dei sequência falando do desfraldamento e da necessidade que este trabalho seja iniciado em casa para então continuarmos no CEI. Neste momento, descrevi de forma simples e acessível, porém, embasada em teorias do desenvolvimento infantil, como fazer isso. Expliquei o modo pelo qual a criança percebe suas fezes e sua urina. As mães do Samuel Murilo, Samuel Asafe, João Vitor, Kelly e João Miguel já estão fazendo esse processo em casa salientei que a parceria será de suma importância no processo com estas crianças, e quanto aos outros percebermos quando é o momento deles.

A Mãe da Kelly falou que a mesma não gosta de sentar no vaso, apenas no pinico. Confirmei dizendo que ela realmente se recusa sentar no vaso e que iria conversar com a coordenadora sobre o caso. Expliquei a ela as questões que envolvem higiene e hábitos sociais, dizendo que o “vaso pequeno” é um grande avanço na Educação Infantil.

Falei do importante evento intitulado “Dia da família”, falando de sua importância, e dos nossos planos, de realizá-lo em junho em um sábado. Surgiram perguntas como: Quantas pessoas podem ir? Respondi que não havia ainda sido definido, mas me informaria a respeito.

Já finalizando, falei do nosso amor pelo trabalho que realizamos. Ressaltei a dedicação por meio do estudo e do afeto. Pedi compreensão para fatos que ocorrem, mostrei que passamos por uma fase de falta de funcionários com três professoras afastadas por motivo de doença. Falei que nós, estamos a todo o momento dispostas a ajudar, e que tudo o que fazemos é para o bem de “Nosso Bebes”.

Estendi a conversa para o grupo, perguntado se estava tudo claro, se havia alguma dúvida, alguma colocação. Desta forma as mães começaram a reconhecer o trabalho:

Mãe do Pedro: Falou qua ele está “danado”. Fala, corre, chama as pessoas, o que não ocorria, há três meses, antes de entrar no CEI.

Mãe do João Vitor: Ele está aprendendo muito. Fala coisas que nem eu acredito.


Mãe do João Miguel: Falou de sua autonomia que tira a sua roupa sem necessidade de ajuda para tomar banho, come sozinho e que já folheia revistas corretamente.
Mãe do Vitor: Disse que antes de entrar no CEI não sabia comer, agora nem quer deixar que ela ajude na hora da alimentação.

Mãe do Gustavo e do Samuel Murilo: Colocaram que eles estão escolhendo as coisas, afirmam: “esse não”, “esse quero”.

Com os ricos comentários, no que se refere ao desenvolvimento das crianças, afirmando que é isso que a Educação Infantil pode proprocionar em parceria com a família: O Aprendizado e a Transformação. O que permanece eternamente. Finalizei!

Divulgamos o blog e conduzimos as mães ao painel exposto no refeitório que apresenta a rotina do CEI e alguns dos trabalhos desenvolvidos
 
Revisão do texto: Quitéria Campanaro

10 comentários:

Anônimo disse...

Que trabalho bem feito... Parabéns pra vocês e pra quem continua, apesar de todos os pesares, fazendo um excelente trabalho!

Karina Dos Santos Cabral

Anônimo disse...

Li o relato e gostei. Meu último trabalho com educação infantil foi em 2009, minha cabeça está a mil na MEGAEMEF em que trabalho... Boa sorte à vocês! Parabéns...

Adriana Souza

Anônimo disse...

Li o relato! adorei!!!

Adriana Dias

@jjchicoli disse...

parabéns pela condução da reuniao.. será que vc pode me mandar algum material sobre o desfralde? tenho uma colega com esse tipo de problema no Cei e nossa reuniao com os pais será semana que vem.. se puder enviar algo vai ajudar muito .. obrigada.. bjos Jana

Anônimo disse...

Olá foi a 1ª vez que encontrei o teu blogue e gostei imenso!Espectacular Projecto!
Até à próxima

Claudia Graziela disse...

Li o relato e com lagrimas nos olhos parabenizo esse trabalho maravilhoso realizado por vocês e dessa profissional maravilhosa que é a Denise, é meu exemplo aprendi e aprendo muito com ela...
Bom trabalho e continuem divulgando esse trabalho para ser espelho para tantos outros.
PARABENS De vc.merece!

Sheyla disse...

L i o relato e fiquei feliz em saber que existem profissionais que entendem que este ENCONTRO é muito mais importante do que uma reunião de pais.
Tento levantar esta questão na Emei onde trabalho,mas é difícil quebrarmos paradigmas.
Há um livro sobre reunião de pais de uma psicóloga chamad se não estou enganada Carmen onde ela dá várias dicas de como realizarmos este encontro, com dinâmicas e tudo mais.Acho que vale apena investirmos neste contato familiar,pois precisamos desta parceria.

Anônimo disse...

Parabéns a essas excelentes profissionais pelo trabalho que realizam, com muita competencia e carinho!

Que Jesus ilumine sempre este trabalho e o coração dessas profissionais, para que o Bem, em forma de educação e desenvolvimento infantil!

Parabéns!!

Gregorio

Iris disse...

Adorei o artigo, muito bom mesmo!!!


Iris...

Rosi disse...

Ótimo trabalho desenvolvido com os pais. Gostei muito do relato. Adorei o blog.Bem interessante os temas expostos.