Documentário Bebês

Em maio de 2010, no fim de semana de estreia de “Homem de Ferro 2″, uma outra produção conseguiu chamar a atenção do público nos EUA: era “Bebês”, documentário francês sobre… bebês.

Ao assisti-lo, percebe-se que ele poderia ter sido um fracasso: não possui narração, quase não tem falas e nem sequer exibe uma história bem definida. Apenas uma observação cronológica, a evolução e descoberta dos bebês em seu primeiro ano de vida, quando ainda estão todos na fase oral.

O diretor Thomas Balmès acompanhou por mais de um ano quatro recém nascidos: Ponijao, da Namíbia; Bayarjargal, da Mongólia; Mari, do Japão; e Hattie, dos EUA. Graças a um trabalho prévio de acompanhamento das mães, elas se mostram muito à vontade frente à sua câmera, mesmo no momento crucial e íntimo do parto.

Em algumas sequências, a impressão é de que a câmera estava escondida ou estática e sem nenhum profissional por perto, a fim de captar os chamados “espaços vazios”, momentos em que aparentemente nada acontece, mas que transmitem a síntese e a beleza da vida.

Além do crescimento e descobertas das crianças, o fator cultural é um ponto de observação muito forte e talvez o mais interessante. Vemos as diferenças de criação entre as culturas de quatro povos diferentes, assim como identificamos os traços comuns em todas as mães.

O fato é que observar bebês é uma das práticas favoritas de muita gente. Quem fizer parte deste grupo, adorará assistir este filme.

 
Mesmo sem oferecer nenhuma inovação de linguagem ou grandes curiosidades, “Bebês” se revela uma boa fonte de discussão, a posteriori, sobre psicologia infantil ou antropologia.

 
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