Maria Cristina dos Santos
Costumo dizer que ninguém pode dar aquilo que não tem, sendo assim, quanto mais variado for o repertório cultural do professor, mais criativas podem ser as relações a serem feitas em sala de aula; linguagens artísticas permitem ampliar o entendimento de temas diversos.
“Se um professor possui um repertório cultural pobre, sua prática docente será mais pobre.” É com essa fórmula direta que a pesquisadora Monique Andries Nogueira exemplifica os resultados de uma lacuna na formação do professor brasileiro: a falta de uma bagagem artística e cultural consistente, capaz de estabelecer em sala de aula relações entre o conteúdo programático e as artes plásticas, o cinema, a música, a dança, a literatura – as artes em geral, enfim – de modo a revelar as convergências ou similaridades entre os percursos da história do pensamento e da expressão humanos.
“Quase ninguém deixa de reconhecer a importância de uma boa formação cultural, mas esse tema não aparece nas reformas curriculares dos cursos universitários”, afirma. Para a pesquisadora, o professor com formação cultural mais ampla evolui em dois níveis, com ganhos não só em sala de aula, mas também de ordem pessoal. “Cobra-se muito o domínio do conteúdo, o que é natural, mas não a formação cultural, que considero primordial”, afirma.
Segundo Pricilla, da UFSC, especialmente na área em que ela atua, a educação infantil, o professor com maior repertório faz uma leitura mais crítica da realidade e possui uma formação humana mais ampla, capaz de estimular a produção simbólica nas crianças. “Como considerar na criança e propor a ela aquilo que não faz parte do seu próprio acervo?”, questiona. Por isso ela vê a necessidade premente da instauração de políticas públicas nessa área e de uma proposta de formação que considere “o sensível e o inteligível”. “A formação estética deveria fazer parte do currículo, embora só estar presente não garanta nada. Hoje há a disciplina de ‘arte’, mas é por um período muito curto”, ressalta
Se a formação básica não garante, a formação em serviço tem que garantir ao menos duas saídas no ano para ampliação do repertório cultural de toda equipe educadora.
Durante todo tempo que atuo no magistério nunca passei por uma unidade, seja da rede pública ou privada, que pensasse nesta questão, porém tive a sorte de nascer em uma familia que valoriza as artes nas diferentes dimensões.
Ah! Mais é complicado meus professores não gostam.
Volto a repetir, ninguém pode dar aquilo que não tem, é necessário que os componentes da equipe gestora tenham esta formação e acreditem que faz a diferença para poder vender a idéia para a equipe educadora.
Mas ir ao cimena ou ao teatro é caro!
Este argumento não vale para a cidade de São Paulo que a cada dia aparece um espaço cultural apresentando coisas maravilhosas e gratuitas.
Uma coisa interessante é sempre pensar o que é possivel fazer na escola na qual eu atuo, seja como professor ou equipe gestora.
Mercado Municipal Paulistano - Feira do Livro 2010
Das 9h às 17h, freqüentadores do maior mercado paulistano poderão conhecer novidades de nove editoras
O tradicional Mercado Municipal da Cantareira, ligado à Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras, terá novidade para seus cerca de 30 mil freqüentadores diários. Entre 15 e 30 de abril, das 9h às 17h, todos terão à disposição uma feira de livros com algumas das maiores editoras brasileiras.
Com entrada gratuita, o evento contará com a participação de expositores como as editoras Arlf, Brasiliense, Barcarolla, Faarte e Iracema, além da presença da Nova Luz Livraria, Ciranda Cultural, grupo Quilombhoje Literatura e da Publifolha.
As editoras e livrarias apresentarão seus produtos e novidades com preços atrativos para os visitantes do Mercadão, no Salão de Eventos do local.
O evento ainda terá um cantinho para a “contação” de histórias, misturando artes cênicas, música e literatura. Diferentes grupos, como a Biblioteca Belmonte, Cantos & Contos e a contadora de histórias Ana Springer, se apresentarão nos finais de semana, sempre em dois horários, às 10 e às 14 horas.
Programação da contação de histórias
Dia 16 – 10 e 14 horas – Biblioteca Belmonte
Dia 17 – 14 horas – Ana Springer
Dia 23 – 10 e 14 horas – Cantos & Contos
Dia 24 – 10 e 14 horas – Biblioteca Belmonte
Dia 30 – 10 e 14 horas – Cantos & Contos
Feira do Livro no Mercadão
Data e horário: Entre os dias 15 e 30 de abril, das 9 às 17 horas.
Local: Rua da Cantareira, 306 – Salão de Eventos do Mercado Municipal
Letícia Xavier Pereira (Eventos)
Mercado Municipal Paulistano
SMSP/ABASTTel.:
(11) 3313-2444 ramal 231
EXPOSIÇÃO: PORTINARI NA COLEÇÃO CASTRO MAYA
Raimundo Ottoni de Castro Maia, conhecido filantropo, colecionador e bibliófilo, foi um dos mais importantes colecionadores da obra de Cândido Portinari. No Museu da Chácara do Céu, parte dos Museus Castro Maia no Rio de Janeiro, podem ser vistos importantes trabalhos coletados ao longo da carreira do artista, desenhos e projetos, assim como séries encomendadas especialmente pelo colecionador.
A mostra traz a São Paulo esse magnífico conjunto de Portinari, que propicia uma visão muito completa da obra do artista.
De 10 de abril a 06 de junho de 2010
Pinacoteca do Estado: Praça da Luz, 2 – fone 11 3324.1000 - Estação Pinacoteca: Largo General Osório, 66 – fone 11 3335.4990
Abertas de terça a domingo das 10h às 17h30, com permanência até as 18h
Ingresso combinado (Pinacoteca + Estação Pinacoteca):R$6,00 e R$3,00 (meia), entrada gratuita para menores de 10 anos, idosos acima de 60 anos anos e professores com hollerit. Grátis aos sábados.
TEATRO
"ALMA BOA DE SETSUAN", DE BERTOLD BRECHT
A história se passa na China. Os três deuses da peça são representados por um único ator, Ary França, que com uma pomba irreverente no ombro, é chamado de Santíssima Trindade. Ele vem a Terra em busca de uma alma boa e ao chegar à província de Setsuan, encontra entre outros, Chen Tê, interpretada por Denise Fraga é a única pessoa que se dispõe a dar-lhe um teto para dormir. Por sua generosidade, ele conclui ser ela a alma boa que tanto procurava e resolve presenteá-la com uma recompensa em dinheiro, o suficiente para ela comprar uma tabacaria e mudar de vida. Dona de seu próprio negócio, os miseráveis da cidade começam a abusar de sua bondade. Para se livrar dos importunos e exploradores, Chen Tê inventa a existência de um primo, Chui Ta, ela própria disfarçada. Chen Tê desaparece. O sumiço pode ser um golpe e a responsabilidade recai sobre seu primo. Como ser bom e ao mesmo tempo sobreviver no mundo competitivo em que vivemos? Esta é a questão levantada pelo dramaturgo alemão Bertolt Brecht na peça “A Alma Boa de Setsuan”.
Teatro TUCA - Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes
Temporada: 29/01 à 27/06.
Horários: Sex. e Sáb. às 21h30 e Dom às 19h.
Ingressos: Sex. - R$ 20,00 - Sáb. e Dom. - R$ 30,00 - (estudantes e professores da rede estadual pagam meia)
Sites interessantes:
Centro Cultural FIESP
Itaú Cultural
Centro Cultural Banco do Brasil
2 comentários:
Olá acompanho o blog há algum tempo, amei a última matéria, com certeza o profesor precisa ampliar seu repertório cultural.
Além disso, divulgar boas práticas, quero registrar q o blog cumpri direitinho esse papel. Parabéns.
Adorei o artigo, realmente não há um olhar para a formação cultural do professor de ed. infantil.Somente ampliando nossa visão de mundo que podemos oferecer o melhor.
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