Um outro mundo é possível!
Bete Godoy
Em 10 de dezembro de 1948 foi criada pela ONU a Declaração Universal dos Direitos Humanos e como é dito em seu preâmbulo "como o ideal a ser atingido a todos os povos e todas as nações, com o objetivo de cada indivíduo e cada orgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades..."
Baseada na DUDH a Declaração dos Direitos da Criança foi criada em 20/10/1959 para complementar o que já era mencionado anteriormente e dedicar a fase mais importante da vida das pessoas mais carinho e atenção.
A problemática da infância e da adolescência adquire especial relevância no dramático contexto internacional atual, assim como na situação no nosso país, tão marcada por uma história de exclusão, desigualdade e violência.
Diante de tais fatos a educação em direitos humanos vem se afirmando em toda América Latina e privilegia os direitos das crianças e adolescentes enfatizando na educação três dimensões:
1. Formação de sujeitos de direitos em nível pessoal e coletivo.
2. Promover processos de “empoderamento”, principalmente orientados aos atores sociais que historicamente tiveram menos poder na sociedade, poucas possibilidades de influir nas decisões e nos processos coletivos. Liberando, o poder, a potência que cada pessoa tem para que ela possa ser sujeito de sua vida e ator social.
3. Processos de transformação necessários para construção de sociedades verdadeiramente democráticas e humanas. Vera Maria Candau chama de “educar para o nunca mais”, para resgatar a memória histórica, romper a cultura do silêncio e da impunidade ainda presente em nosso país.
Diante de tais fatos a educação em direitos humanos vem se afirmando em toda América Latina e privilegia os direitos das crianças e adolescentes enfatizando na educação três dimensões:
1. Formação de sujeitos de direitos em nível pessoal e coletivo.
2. Promover processos de “empoderamento”, principalmente orientados aos atores sociais que historicamente tiveram menos poder na sociedade, poucas possibilidades de influir nas decisões e nos processos coletivos. Liberando, o poder, a potência que cada pessoa tem para que ela possa ser sujeito de sua vida e ator social.
3. Processos de transformação necessários para construção de sociedades verdadeiramente democráticas e humanas. Vera Maria Candau chama de “educar para o nunca mais”, para resgatar a memória histórica, romper a cultura do silêncio e da impunidade ainda presente em nosso país.
Somente assim é possível construir uma cidadania em que se articulem igualdade e diferença para todos.
No âmbito educacional os educadores a partir do projeto pedagógico de sua unidade devem oportunizar no cotidiano das instituições vivências de práticas culturais que sejam estimuladoras do desenvolvimento das crianças, acolhedoras de suas diversidades e promotoras de:
Um pensar criativo e autônomo, conforme a criança aprende a opinar e a considerar os sentimentos e a opinião dos outros sobre um acontecimento, uma reação afetiva, uma idéia, um conflito.
Uma sensibilidade que valoriza o ato criador e a construção de respostas singulares pelas crianças, em um mundo onde a reprodução em massa sufoca o olhar.
Uma postura ética de solidariedade e justiça que possibilite à criança trabalhar com uma diversidade de pessoas e de relações que caracteriza a comunidade humana, e a posicionar-se contra desigualdade, o preconceito, a discriminação e a injustiça.
Relacionar-se com outras crianças de modo mutuamente agradável constitui tarefa fundamental não só pela importância das interações infantis na aprendizagem, já apontada, mas em contrapartida à crise de solidariedade que marca hoje nossa sociedade, tão individualista.
A Educação em direitos humanos convida todos a aprender com as crianças a olhar e a virar pelo avesso, a subverter a ordem estabelecida. Vivenciar situações de aprendizagens ligadas às práticas culturais não significa meramente reproduzi-las é preciso que os educadores questionem a serviço de quem ela está posta e qual a sua contribuição para uma sociedade mais justa. Trouxemos esta temática por reconhecer que no período de 0 a 6 anos , os cuidados e as interações afetivas e socioculturais ganham relevância para que as crianças cresçam e para que se tornem pessoas promotoras de paz e o papel do adulto têm destaque tendo em vista a sua responsabilidade pela formação moral seja dos filhos ou dos alunos.
A Educação em direitos humanos convida todos a aprender com as crianças a olhar e a virar pelo avesso, a subverter a ordem estabelecida. Vivenciar situações de aprendizagens ligadas às práticas culturais não significa meramente reproduzi-las é preciso que os educadores questionem a serviço de quem ela está posta e qual a sua contribuição para uma sociedade mais justa. Trouxemos esta temática por reconhecer que no período de 0 a 6 anos , os cuidados e as interações afetivas e socioculturais ganham relevância para que as crianças cresçam e para que se tornem pessoas promotoras de paz e o papel do adulto têm destaque tendo em vista a sua responsabilidade pela formação moral seja dos filhos ou dos alunos.
Para saber mais:
1-Kramer, Sonia e Bazílio, Luiz Cavalieri. Infância, educação e direitos humanos. Cortez editora.
2-kuhlmann Jr, Moysés. Infância e Educação infantil: uma abordagem histórica. Mediação.
3-Candau, Vera Maria. Sociedade, educação e cultura. Vozes
4-La Taille, Y. Moral e ética: dimensões intelectuais e afetivas. Artmed
5-Friedmann, Adriana. A cultura de paz na educação infantil. Revista Pátio. Julho de 2006
6-Orientações Curriculares. Expectativas de Aprendizagens e Orientações Didáticas. Educação Infantil. Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.
7-Orientações Curriculares. Expectativas de Aprendizagens para a Educação Ètnico-Racial. Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio. Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.
7-Orientações Curriculares. Expectativas de Aprendizagens para a Educação Ètnico-Racial. Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio. Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.
6 comentários:
Bom dia, Bete.
A questão dos Direitos Humanos é crucial para o momento em que vivemos, e, em particular, para as crianças. Penso que todas as escolas de Educação Infantil tem a obrigação de incluir em seus Projetos Pedagógicos essa temática. Não é possível falar em Educação Infantil sem falar em Direitos Humanos das crianças. E lembre-se, o primeiro direito é ter acesso a uma escola de Educação Infantil (CEI ou EMEI) de qualidade. Espero que os colegas das outras U.Es não se esqueçam desse tema em seus PPP. Enéas
Bom dia...
Muito boa a sua postagem..
realmente trabalhar os Direitos Humanos com as crianças é fundamental.
A escola é um lócus de suma importância para a propagação de conceitos sobre cidadania. Dessa forma, faz-se necessário propiciar aos alunos situações na qual eles possam reconhecer e conscientizar sobre seus direitos.
Aline
Bete e Cris:
Vim dar uma olhadinha no blog para matar as saudades... Está lindo!
A questão dos direitos humanos é vital ser trabalhada em qualquer período da educação, e falar de direitos humanos na educação infantil e fascinante, pois o pequenos entendem como poucos as questões de amizade, solidariedade e respeito.
Beijos
Solange
Amigas sempre...
Como é gostoso contar com pessoas tão boas com vcs!Aproveitei o encontro de supervisão de hoje para falar do texto e quem sabe,contar com o apoio dos colegas para atuação junto às suas UEs, até porque,falar de direitos não é uma tarefa simples, como diz Drumont" Os lirios não nascem das leis". O meu carinho Solange
É muito bom saber que existem educadores preocupados em construir um mundo melhor onde a desigualdade não exista!!!!
A partir do momento que respeitarmos nossas crianças, o mundo caminhará para uma transformação magnífica!!!
Parabéns minha irmã querida!!!!!!!!!
Elisangela Godoy
Boa tarde, Parabéns por abordar este tema tão importante e atual, ao mesmo tempo tão desinteressado pelo sistema educacional brasileiro. atualmente faço parte do projeto Educação Integral (o Mais Educação do Governo Federal), e infelizmente as escolas e seus gestores ainda não entederam quê, dentro da rela ção de oficinas oferecidas nos Macro campos, a oficina de direitos humanos é imprescindível na promoção da igualdade de direitos e respeito as diferenças, se torndando assim, uma célula de ligação entre as demais atividades desenvolvidas e posteriormente o alcance dos objetivos que se almeja que é a formação de cidadãos concientes e maduros para o futuro.
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